10 filmes para refletir sobre direitos humanos

Lista de filmes que despertam reflexões sobre Direitos Humanos...

por Thais Herdy

Quase todos os filmes podem despertar reflexões sobre direitos humanos, já que eles estão presentes em questões do dia a dia de toda a sociedade. Contar com a arte para esta aproximação é um privilégio porque ela abre as portas para pensarmos sobre diferentes questões, por meio de histórias, reais ou não, que nos envolvem e nos tocam. Difícil fechar esta lista, que poderia ter mais de 100 filmes relevantes para refletir sobre o tema, mas deixo aqui alguns que me marcaram nos últimos tempos. 

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Transamerica (EUA, 2005) 

Conta a história de Bree, uma mulher trans que está prestes a realizar seu sonho e fazer uma operação de mudança de sexo. Ela descobre que tem um filho, que está preso. Ela vai ao encontro do filho e sem revelar sua identidade e vínculo, eles embarcam em uma viagem pelos EUA que mudará para sempre suas vidas. 

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O ano em que meus pais saíram de férias (Brasil, 2006) 

O filme se passa no período da ditadura militar no Brasil e é contado sob o ponto de vista de uma criança. Mauro, 12 anos, é deixado pelos pais com o avô, enquanto se escondem da repressão. O avô morre e o menino se vê sozinho, contando apenas com a ajuda de um vizinho idoso e judeu. O filme aborda conflitos religiosos, geracionais e, apesar da melancolia que descreve bem o momento vivido pelo Brasil na dura repressão aos opositores da ditadura militar que marcou os anos 60 e 70 no país, esbanja sensibilidade e poesia.   

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Milk (EUA, 2008)

Baseado na vida do ativista gay Harvey Milk, o filme se passa na década de 70 nos EUA. Milk foi o primeiro homossexual a ser eleito para um cargo público nos EUA, com uma campanha disposta a enfrentar a violência e o preconceito da época, buscando direitos iguais e oportunidades para todos. Assim como no filme Selma (mencionado abaixo), mostra a participação de parcelas da sociedade que apoiam a causa, mesmo sem pertencer ao grupo original.

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XXY (França – Espanha – Argentina, 2008) 

Alex nasce com características femininas e masculinas e para evitar que sofra preconceitos na cidade em que vive, seus pais se mudam para outro país. Ao receberem a visita de um casal de amigos antigos, que também tem um filho adolescente, os dois jovens iniciam uma jornada de descobertas sobre identidade de gênero e orientação sexual. Traz reflexões sobre a necessidade de encaixar os seres humanos em inflexíveis, retrógradas e opressivas. 

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O segredo dos seus olhos (Espanha – Argentina, 2009)

No início, parece que será um bom filme policial, com ótimo roteiro e excelentes atuações. Mas no decorrer da trama revela ser mais profundo, provocando importantes reflexões sobre justiça, o sentido da vida e do amor. 

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12 anos de escravidão (EUA – Reino Unido, 2013)

Baseado na história real de Solomon Northup, um homem negro que vivia no norte dos EUA, quando a escravidão ainda vigorava no sul do país. Ele é sequestrado e levado para o sul, onde passa 12 anos como escravo. Em uma época em que a lei e costumes validavam assassinatos, brutalidade e tortura, o filme desperta reflexões não só sobre as atrocidades cometidas durante a escravidão, mas também sobre o conceito de superioridade entre indivíduos (que até hoje vigora nas sociedades, em que muitos grupos se encontram em situações degradantes e desprovidos de direitos).   

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Selma: uma luta pela igualdade (EUA, 2014) 

O filme retrata a luta dos negros norte americanos pelo direito ao voto, que foi conquistado em 1965 após mobilizações pelos direitos civis que foram reprimidas com muita violência pela polícia com apoio da população branca. Oportunidade de conhecer mais sobre Martin Luther King e Malcom X, importantes lideranças do movimento negro nos EUA, que defendiam as mesmas causas mas tinham formas diferentes de lutar pelos direitos básicos negados à população negra do país. 

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Hoje eu quero voltar sozinho (Brasil, 2014)

O filme retoma o curta, de mesmo nome e lançado em 2010, que conta a história de Leo, um adolescente que nasceu cego. Ele tem uma amiga inseparável, Giovana, e a vida deles muda quando Gabriel chega à escola e eles passam a fazer parte de um trio. O filme toca quando trata de forma muito natural a relação entre os adolescentes, as descobertas da idade, inclusão e amor sem fronteiras.   

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Moonlight (EUA, 2016)

Foi o primeiro filme com elenco somente de negros e com temática LGBT a ganhar um Oscar. Retrata três fases da vida de Chiron, personagem principal, explorando as dificuldades que enfrenta em uma realidade permeada por todo tipo de abuso. E também as dificuldades que ele tem de assumir sua própria identidade e sexualidade. É quase um poema na tela, sensível e tocante.  

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Cafarnaum (Libano, 2018)

É dos filmes mais fortes que vi recentemente. Fala de direitos das crianças, casamento infantil, refugiados, tudo embalado na história do menino Zain, que é acusado de esfaquear uma pessoa e, ao ser preso, quer processar seus pais por ter nascido.  

por Thais Herdy

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Edição da Live com a Thais Herdy e o Homero Nunes sobre Direitos Humanos:

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